CRITICA - ORFEU NEGRO



Orfeu Negro (ou também conhecido como Orfeu do Carnaval) filme de 1959 dirigido por  Marcel Camus  é um dos filmes de maior destaque internacional sobre a cultura brasileira, visto o numero e importância dos prêmios acumulados pela obra sendo o de maior destaque o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Baseado em Orfeu da conceição de Vinicius de Moraes, o filme é uma mistura das comunidades do Rio de Janeiro com a história Grega de Orfeu, na qual há eventos bem pontuais, principalmente no final do longa com a sua descida ao inferno metafórico que critica as politicas publicas. A mistura desses dois universos dá uma visão pouco explorada ao negro brasileiro, o herói e protagonista sem cair nos esteriótipos de escravo ou o coadjuvante engraçado, por mais a estereotipia ainda exista em traços mais ligados a forma religiosa ela não chega a ser desonesta,  uma problematização válida, mas que não prejudica o andamento do filme, ao contrário das cenas de dança e festejo que são arrastadas e dão a sensação de ser bem maior do que realmente são, a música da escola de samba permeiam que praticamente toda a história sessando nos 40 minutos finais.

As duas crianças do filme, Zeca e Benedito, funcionam como personagens que permeiam a trama, servindo de testemunha e facilitadores de eventos , mas não apenas isso, eles são dotados de personalidade sendo que Zeca possui a mesma afinidade com a música que Orfeu, tanto que ao final do filme ele consegue “fazer o sol nascer” como seu ídolo o que pode também significar que seu destino está selado como o do protagonista, em como as crianças estão destinadas a seguirem o caminho trilhado pelo meio que estão vivendo.

Orfeu Negro é um bom filme, tem seus defeitos, porém sua mensagem é passada,  ainda que com pequenos problemas ele ainda consegue dar um passo a frente em relação a representação da afro brasilidade aos olhos de um estrangeiro e também para esse público.

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