CRITICA - QUANDO ME DESCOBRI NEGRA
Bianca Santana é pesquisadora, doutora em ciência da informação, pesquisa na USP, as mulheres negras, foi professora,é colunista, é escritora e escreveu o impactante Quando Me Descobri Negra.
Dividido em três partes, o livro conta relatos do racismo perverso e mascarado (as vezes não) que impera no brasil, sendo esses relatos da própria vida da autora (parte 1) de relatos que ela ouviu (parte 2) e de historias que como ela diz pariu (parte 3) e esses relatos fazem o percurso no qual o racismo faz onde ele está presente e a conclusão é: em todo o lugar, incluindo na infância.
Os relatos que contam com o recorte de infância são: "Mulher-Maravilha" "Saudade do que Poderia ter Vivido", "Desculpa Nati" e "Alemão" sendo que cada um possui um recorte da infância. Mulher- Maravilha e Desculpa Nati estão associados com a auto estima da mulher negra, no primeiro conto, uma menina que se veste com a fantasia da heroína no título vira chacota por estar num papel colocado para uma mulher branca, já o segundo é em uma menina que fica extremamente feliz ao alisar o cabelo e que agora poderá ter amigas, nesse conto é mostrado desde a dor psicológica quanto a física já que o processo de alisamento é bem agressivo e uma questão também colocada em outros contos e na história da própria autora que demorou a aceitar os cabelos crespos. Os outros dois contos tratam da infância roubada, que foi tema da critica do filme cidade de Deus, crianças privadas de alguma forma da realidade infantil, "Saudade" é sobre o pai da autora que faleceu e em como foi difícil o processo de luto pra ela, já "Alemão" é a infância roubada da forma mais trágica, a morte, e nesse caso de uma criança moradora de uma comunidade que teve a vida ceifada pela violência policial
"Eu sou Morena" conta a história de uma menina, unica filha negra de quatro irmãos que ao entrar em conflito com outra criança a chama de preto, a outra criança ao ouvir isso disse a ela que também era preta, mas ela negou e se declarando morena. Essa denominação morena é um tipico caso do colorismo instaurado em nossa sociedade, que quando mais escura a pele, menos escondido é o racismo e pessoas de pele negra clara são colocadas no lugar de "morenas" que seria um lugar "melhor" por estar mais próximo a pele branca.
Quando me Descobri Negra é um livro para todos, como a autora diz na apresentação, para a população negra pode ser um conforto, um lugar para se identificar e se sentir pertencido e acolhido por outros que sofreram do mesmo e buscar forças, já para os brancos um aviso, se você ajuda a perpetuar alguma dessas atitudes pare imediatamente .
Dividido em três partes, o livro conta relatos do racismo perverso e mascarado (as vezes não) que impera no brasil, sendo esses relatos da própria vida da autora (parte 1) de relatos que ela ouviu (parte 2) e de historias que como ela diz pariu (parte 3) e esses relatos fazem o percurso no qual o racismo faz onde ele está presente e a conclusão é: em todo o lugar, incluindo na infância.
Os relatos que contam com o recorte de infância são: "Mulher-Maravilha" "Saudade do que Poderia ter Vivido", "Desculpa Nati" e "Alemão" sendo que cada um possui um recorte da infância. Mulher- Maravilha e Desculpa Nati estão associados com a auto estima da mulher negra, no primeiro conto, uma menina que se veste com a fantasia da heroína no título vira chacota por estar num papel colocado para uma mulher branca, já o segundo é em uma menina que fica extremamente feliz ao alisar o cabelo e que agora poderá ter amigas, nesse conto é mostrado desde a dor psicológica quanto a física já que o processo de alisamento é bem agressivo e uma questão também colocada em outros contos e na história da própria autora que demorou a aceitar os cabelos crespos. Os outros dois contos tratam da infância roubada, que foi tema da critica do filme cidade de Deus, crianças privadas de alguma forma da realidade infantil, "Saudade" é sobre o pai da autora que faleceu e em como foi difícil o processo de luto pra ela, já "Alemão" é a infância roubada da forma mais trágica, a morte, e nesse caso de uma criança moradora de uma comunidade que teve a vida ceifada pela violência policial
"Eu sou Morena" conta a história de uma menina, unica filha negra de quatro irmãos que ao entrar em conflito com outra criança a chama de preto, a outra criança ao ouvir isso disse a ela que também era preta, mas ela negou e se declarando morena. Essa denominação morena é um tipico caso do colorismo instaurado em nossa sociedade, que quando mais escura a pele, menos escondido é o racismo e pessoas de pele negra clara são colocadas no lugar de "morenas" que seria um lugar "melhor" por estar mais próximo a pele branca.
Quando me Descobri Negra é um livro para todos, como a autora diz na apresentação, para a população negra pode ser um conforto, um lugar para se identificar e se sentir pertencido e acolhido por outros que sofreram do mesmo e buscar forças, já para os brancos um aviso, se você ajuda a perpetuar alguma dessas atitudes pare imediatamente .
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